
Alexandra Pessoa lança EP “Peixa Suburbana” pelo projeto Sons do Subúrbio
Com mais de duas décadas de trajetória na música, a cantora, compositora e percussionista Alexandra Pessoa mergulha em suas raízes e lança o EP “Peixa Suburbana”, uma ode poética ao Subúrbio Ferroviário de Salvador. O trabalho reúne três faixas autorais que resgatam memórias afetivas, ancestralidade e questões sociais, com uma sonoridade que mistura o afro-baiano, pop e referências dos anos 80 e 90.
O lançamento aconteceu no dia 17 de abril, através do projeto Sons do Subúrbio, que oferece suporte técnico e artístico a músicos independentes da região. A faixa-título “Peixa Suburbana” também ganhou um videoclipe, já disponível no canal do projeto no YouTube. O EP pode ser ouvido nas principais plataformas digitais (clique aqui).
Natural de Periperi e atualmente morando na Praia Grande, Alexandra se reconecta com sua origem através da música. O EP é descrito por ela como um “baile arqueológico dos afetos”. A inspiração começou na pandemia, com a composição de “Matripotência” e a descoberta de pesquisas sobre o Sambaqui da Pedra Oca, localizado próximo à casa onde cresceu. A partir disso, ela passou a investigar as raízes afro-indígenas do território e a transformar essas descobertas em canções.
As letras transitam por temas como o mar, os sonhos, o machismo, o meio ambiente e a marginalização das periferias. Tudo isso filtrado pelo olhar sensível de uma artista que entende seu papel como cronista de sua comunidade. “Quero ouvir esse disco e lembrar sempre de onde eu vim”, afirma Alexandra.
Além da forte carga emocional e territorial, o EP traz influências da música afro-baiana, do Black Bahia, do pop internacional (como Michael Jackson e Chaka Khan) e das memórias sonoras dos ensaios do Araketu.
O projeto Sons do Subúrbio, responsável pelo lançamento, tem como objetivo valorizar artistas da região através de mentorias, ensaios fotográficos, gravações, videoclipes acessíveis e suporte na comunicação. A iniciativa é patrocinada pelo Guaraná Antarctica e pelo Governo do Estado, por meio do Fazcultura.