
Bando de Teatro Olodum abre inscrições para oficinas gratuitas em Salvador
Celebrando seus 35 anos de história, o Bando de Teatro Olodum lança o Projeto Erê, uma iniciativa voltada à valorização da arte negra e à formação artística de jovens e adultos em Salvador. Com destaque para a nova edição das Oficinas de Performance Negra, o projeto oferece cursos gratuitos de teatro, dança, música, identidade e técnicas cênicas, sem exigência de experiência prévia.
As oficinas acontecem entre os dias 23 de abril e 28 de julho, em três polos culturais da capital baiana: Centro Cultural de Plataforma (Subúrbio Ferroviário), Espaço Cultural Uruguai (Cidade Baixa) e Espaço Xisto Bahia, nos Barris. A descentralização da programação é uma marca do Bando, que busca ampliar o acesso à arte em comunidades periféricas.
As inscrições foram abertas na segunda-feira, 7 de abril, por meio de um formulário online disponível no perfil do grupo no Instagram: @bandodeteatroolodum. Para participar, é necessário ter mais de 18 anos e nunca ter feito oficinas anteriores com o grupo.
Além do eixo artístico, a edição deste ano tem um foco técnico-profissionalizante, com oficinas em iluminação cênica, sonorização, produção cultural e audiovisual, ampliando as possibilidades de inserção no mercado cultural.
A culminância das oficinas será marcada por Mostras Cênicas, onde os participantes poderão apresentar os resultados das vivências. Segundo a atriz e diretora Cássia Valle, “essas trocas despertam talentos incríveis que hoje já brilham em palcos e telas do Brasil inteiro.”
O Projeto Erê também realiza a ação Oro Dudu – Falas Pretas, espaço de diálogo sobre negritude, letramento racial e inclusão. A programação conta ainda com recursos de acessibilidade e distribuição de ingressos para estudantes de escolas públicas e pessoas com deficiência.
O ponto alto do projeto será em setembro de 2025, com a nova temporada do espetáculo Erê, dirigido por Zebrinha e com concepção de Lázaro Ramos, no Teatro Gregório de Mattos. A peça é um manifesto contra o genocídio da juventude negra e reafirma o papel do Bando como referência na cena cultural brasileira.