Bromidrose: entenda o mau cheiro corporal e como tratar

O mau cheiro nas axilas, nos pés e em outras partes do corpo é uma condição que afeta muitas pessoas, causando desconfortos e incômodos no dia a dia. Recentemente, a empresária e influenciadora Bianca Andrade, conhecida como Boca Rosa, usou suas redes sociais para compartilhar que também sofre com o problema nas axilas.

O odor corporal, tecnicamente chamado de bromidrose, é uma condição que varia de pessoa a pessoa, mas afeta a todos em algum momento, como explica a dermatologista Marília Acioli, referência em cosmiatria e procedimentos estéticos. “O suor em si não tem cheiro, mas quando há transpiração excessiva, o ambiente úmido das axilas se torna ideal para a proliferação de bactérias e fungos. Esses microorganismos se alimentam do suor e de outras substâncias presentes na pele, liberando compostos que causam o odor desagradável”. 

De acordo com a médica, o cheiro de corpo, o famoso “cecê”, depende de algumas variáveis como idade, sexo, clima, hábitos de higiene, produtos cosméticos, fatores genéticos (algumas pessoas simplesmente não têm odor nas axilas), alimentos que fazem parte da sua dieta e até mesmo das bactérias que estão presentes em cada pessoa. “Pessoas que sofrem de hiperidrose, ou excesso de suor, por exemplo, estão mais propensas a enfrentar problemas com mau cheiro”, esclarece.

Como tratar?
Para lidar com o problema, é importante procurar um médico, que pode indicar tratamentos específicos. Marília informa que medicamentos tópicos ajudam a reduzir a proliferação bacteriana e de fungos nas áreas afetadas, enquanto a escolha das roupas também pode fazer a diferença. “Tecidos sintéticos tendem a acumular mais suor, aumentando a chance de odor desagradável. Por isso, é recomendável optar por roupas de algodão, linho e outros tecidos naturais que permitem maior ventilação da pele”, orienta.

O tratamento para o mau cheiro envolve, além da higiene adequada, o uso de medicamentos que combatem o suor excessivo e a proliferação bacteriana, assim como a utilização de antitranspirantes específicos. “Essa abordagem completa ajuda a reduzir os constrangimentos causados pelo mau cheiro e melhora a qualidade de vida de quem sofre com essa condição”, afirma a médica.

Marília Acioli
Marília Acioli é titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Cirurgia Dermatológica, docente da Universidade de Salvador (Unifacs) há oito anos e sócia da clínica Áurea Dermatologia Integrada. Formada em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em 2008, Marília fez especialização em Dermatocosmiatria na Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), e especialização em Dermatologia pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.