CAIXA Cultural Salvador apresentou espetáculo das Ganhadeiras de Itapuã com samba e ancestralidade
No último fim de semana, a CAIXA Cultural Salvador foi palco do emocionante espetáculo do grupo sociocultural As Ganhadeiras de Itapuã. As apresentações, que ocorreram no sábado (21) e domingo (22), celebraram a representatividade e a história das antigas mulheres negras de ganho do período colonial, que marcaram a cultura do bairro de Itapuã, na Bahia.
Com ingressos gratuitos, o evento reuniu o público para uma experiência carregada de música, dança e teatro. No repertório, o grupo apresentou o chamado Samba de Mar Aberto, conceito criado pelo diretor musical Amadeu Alves, que reflete a força do povo praieiro e a ancestralidade afro-indígena. Além de canções autorais, as apresentações incluíram clássicos de Dorival Caymmi, sambas de roda, cirandas e afoxés, criando uma conexão entre o passado e o presente da cultura brasileira.
O diretor musical destacou a potência e a representatividade do grupo: “O espetáculo é caracterizado pela força do trabalho coletivo, e tem na beleza e talento dessas mulheres o ponto central que traduz toda sua riqueza, com seu canto ancestral e musicalidade potente que atravessam gerações”, afirmou Amadeu Alves.
O grupo, que já foi premiado como Melhor Grupo Regional no 26º Prêmio da Música Brasileira, reafirmou sua importância como símbolo de empoderamento feminino e de valorização da cultura afro-brasileira.
Além do destaque nacional, as Ganhadeiras de Itapuã também foram inspiração para o enredo da escola de samba Unidos do Viradouro no Carnaval de 2020, que conquistou o título do desfile carioca com a temática “Viradouro de Alma Lavada”.
Após o sucesso das apresentações em Salvador, As Ganhadeiras de Itapuã seguem em turnê pelas unidades da CAIXA Cultural em Recife, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, levando sua mensagem de resistência e celebração da cultura popular brasileira.