Como as empresas podem diminuir a evasão dos funcionários?

No Brasil, cada vez mais funcionários estão pedindo demissão de seus empregos. Segundo levantamento da LCA Consultores, com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2023, a evasão dos postos de trabalho chegou a 7,3 milhões, uma média de 20 mil solicitações de desligamento por dia. O montante é o maior em relação aos últimos 20 anos. Nesse cenário, a retenção dos colaboradores se mostra um desafio e tanto para empresas, que precisam buscar estratégias para não perderem os talentos e, consequentemente, enfrentarem a falta de mão de obra.

De acordo com administradores de empresas, consultores de gestão empresarial e sócios fundadores da ARCOS Consultoria, Danhil Medeiros e Alexandre Bouzas, o fenômeno está ligado, de forma direta, com o fato das gerações mais novas não se prenderem mais a uma empresa por anos. Ou seja, os novos trabalhadores não têm medo de trocar de posição quando encontram uma oportunidade mais atrativa e evitam trabalhar em empresas que não se preocupam com sustentabilidade ou diversidade.

“Essa conduta é bastante comum na rotina dos profissionais da geração Z. Contudo, não é restrita a eles. Na verdade, toda geração que entra no mercado do trabalho vai causar um certo ruído. Além disso, cada vez mais funcionários de diferentes gerações estão deixando os seus empregos. É um panorama que indica que as marcas precisam adotar medidas para motivar os colaboradores a permanecerem no emprego”, explicam os administradores.

Uma estratégia, segundo Danhil, é valorizar o profissional. E isso pode ser feito de várias maneiras. “A empresa pode conceder gratificações para o colaborador, além de manter ativa a cultura do feedback, que mostra que a marca valoriza e reconhece os esforços do funcionário”, esclarece Danhil.

Outra estratégia que os empresários podem adotar para evitar a evasão dos talentos é destacar que, na empresa, eles poderão ter crescimento profissional. “Quando a marca contratante apresenta para o funcionário um plano de carreira sólido, em que se tem a possibilidade de mudar de cargos e ter uma remuneração melhor, o contratado se sente mais engajado a continuar e a prestar um bom serviço”, ressalta Alexandre.

Oferecer qualificação profissional é mais uma maneira de reter funcionários e engajar a equipe, afirma Danhil. “Cursos e treinamentos são ações estratégicas que valorizam o desenvolvimento do profissional e dão perspectiva de crescimento na área de atuação, além de melhorar os serviços e produtos oferecidos pela empresa. Por isso, é medida muito eficaz que as empresas devem adotar”, destaca Danhil.

Para que uma empresa não perca mão de obra, o bem-estar e qualidade de vida no trabalho são muito importantes, e isso se dá por meio do amadurecimento de estratégias ESG. Um clima organizacional saudável, segundo Alexandre, “contempla a eliminação de hábitos prejudiciais, como bullying, fofocas e conflitos internos, assim como ações afirmativas aos grupos minorizados e o fortalecimento de uma cultura colaborativa, com confraternizações, happy hours e encontros fora do ambiente de trabalho. Tudo isso faz com que a empresa seja vista com bons olhos pelos colaboradores”.

Sobre a Arcos Consultoria
Com 14 anos de atuação na Bahia, a ARCOS Consultoria é referência em estratégias para fortalecer o negócio, melhorar processos e auxiliar em soluções de gestão. Fundada pelos administradores Danhil Medeiros e Alexandre Bouzas, a empresa tem um portfólio abrangente de serviços que incluem assessoria, consultoria e mentoria empresarial, com abordagens personalizadas de acordo com as necessidades de cada cliente para auxiliar as empresas em diversas áreas, incluindo planejamento estratégico, gestão de pessoas, marketing e vendas, padronização de processos e finanças empresariais. A ARCOS já atendeu mais de 200 empresas, incluindo o SEBRAE como um de seus clientes, e capacitou mais de 500 pessoas ao longo de sua trajetória, com atuação nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Jequié e Itaberaba.