Documentário baiano ‘Cais’, de Safira Moreira, estreia em festival no México

O documentário Cais, dirigido pela cineasta baiana Safira Moreira, marca presença no 40º Festival Internacional de Cine en Guadalajara, no México, onde será exibido nos dias 8 e 9 de junho. A obra integra a Competitiva Iberoamericana de Longas Documentais e conta com produção executiva de Flávia Santana, da Mulungu Realizações Culturais.

O filme é uma jornada sensível e poética que parte da dor do luto para revisitar afetos e memórias. Dois meses após o falecimento de sua mãe, Angélica, Safira embarca por rios e cidades do Brasil em busca de reencontros simbólicos com essa figura materna. O percurso fluvial passa por cidades banhadas pelo Rio Paraguaçu, na Bahia, e pelo Rio Alegre, no Maranhão, criando uma narrativa que atravessa os temas da memória, do tempo, do nascimento e da morte.

Após sua estreia internacional no México, Cais terá exibição no Brasil no dia 16 de junho, durante o 14º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, competindo na Mostra Nacional de Longas. Já em julho, o filme desembarca nos Estados Unidos para o prestigiado BlackStar Film Festival, na Filadélfia. Ainda em 2024, a obra foi contemplada pelo Sundance Documentary Fund, iniciativa do renomado Sundance Institute.

A produção é uma coprodução entre as empresas baianas Mulungu Realizações Culturais, Omnirá Filmes e Giro Planejamento Cultural, com apoio do Rumos Itaú Cultural e do Fundo Avon Mulheres no Audiovisual (FAMA).

A Mulungu Realizações Culturais, sediada na Bahia, é conhecida por desenvolver projetos autorais protagonizados por mulheres, pessoas negras e LGBTQIA+. A produtora assina outros trabalhos de destaque como os longas Receba! e Menarca, além do curta Como Nasce um Rio. Suas obras já circularam por mais de 30 festivais nacionais e internacionais, incluindo Tribeca, CineBH e Chilemonos. Também integra o portfólio da empresa o documentário Mulheres Negras em Rotas de Liberdade, com participações de nomes como Sueli Carneiro, Conceição Evaristo e Luedji Luna.

Com Cais, Safira Moreira reforça seu olhar singular e sensível no cinema brasileiro, unindo território, memória e ancestralidade em uma narrativa profundamente íntima e política.