Eloah Monteiro lança EP “Agô” celebrando ancestralidade e vivências da mulher negra
A multiartista baiana Eloah Monteiro apresenta seu novo trabalho, o EP “Agô”, em um marco de representatividade e originalidade na música brasileira. Lançado no dia 2 de dezembro, o projeto reúne sete faixas que resgatam a ancestralidade e as vivências da mulher negra baiana, explorando temas como espiritualidade, saudade e desigualdades sociais.
O título do EP, que significa “pedido de licença” em Yorubá, reflete a essência do trabalho, que conecta tradição e contemporaneidade. As composições, assinadas por Eloah e parceiros como Jef Rodriguez, Cabeça Isidoro e Hundira Cunha, trazem sambas autorais que reverenciam a cultura negra e periférica do Brasil.
A celebração ao vivo do lançamento acontece no dia 8 de dezembro, na Casa do Benin, a partir das 15h. O evento contará com a abertura da DJ Libre Ana, participação especial do Samba Ohana e uma banda formada exclusivamente por mulheres. “Foi quase um ano de trabalho, e teremos um palco de mulheres da música que admiro muito. Estou muito feliz em compartilhar esse momento com o público”, afirma a artista.
Eloah Monteiro, natural de Ilhéus, é uma voz em ascensão na cena cultural baiana. Com um histórico no projeto Samba da Leoah, ela agora se firma como compositora, explorando novas fronteiras no gênero. “O samba é um território novo e conhecidíssimo ao mesmo tempo. Qual brasileiro não sente o coração bater mais forte com os batuques do samba?”, reflete.
Além do show, Eloah promove no dia 11 de dezembro, na Casa Preta, uma roda de conversa voltada para mulheres cis e trans artistas ou articuladoras culturais. O encontro abordará o processo de produção do EP e o acesso às políticas públicas de incentivo à cultura na Bahia, oferecendo um espaço de troca e aprendizado.
O projeto “Agô” foi contemplado nos Editais Paulo Gustavo Bahia, com apoio do Governo do Estado da Bahia, via Lei Paulo Gustavo. Eloah Monteiro reafirma seu lugar na música contemporânea, utilizando sua arte como plataforma para reflexões sociais e celebração de suas raízes culturais.