
Endometriose afeta 1 a cada 10 mulheres e pode causar infertilidade
A endometriose é uma das principais causas da infertilidade feminina e afeta cerca de uma a cada dez mulheres brasileiras em idade fértil, segundo o Ministério da Saúde. A doença, que muitas vezes só é diagnosticada em estágios avançados, pode levar a complicações como abortos espontâneos e alterações no aparelho reprodutivo. O mês de março é dedicado à conscientização sobre a endometriose e à importância do diagnóstico precoce.
Diagnóstico tardio pode comprometer a fertilidade
A ginecologista Valentina Cotrim, especialista em medicina reprodutiva do Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, explica que muitas mulheres só descobrem a endometriose ao enfrentarem dificuldades para engravidar. Isso acontece porque cerca de 20% dos casos são assintomáticos, enquanto outros são negligenciados, pois sintomas como cólica intensa e inchaço podem ser confundidos com a tensão pré-menstrual (TPM).
A especialista alerta que, quanto mais a endometriose avança, maior o risco de infertilidade, pois a doença pode obstruir as trompas, alterar a ovulação e causar distorções anatômicas no útero e ovários. Além disso, a inflamação causada pela endometriose pode prejudicar a implantação do embrião, aumentando as chances de aborto espontâneo ou gravidez ectópica.
Tratamentos e reprodução assistida
A infertilidade associada à endometriose pode ser tratada por diferentes métodos, dependendo da gravidade do caso. Em estágios mais leves, técnicas como a inseminação artificial podem ser eficazes. Já nos casos mais avançados, onde há comprometimento dos órgãos reprodutivos, a solução pode ser a Fertilização in Vitro (FIV).
No entanto, a médica reforça que nem todas as mulheres com endometriose terão dificuldades para engravidar. “Cada caso é único e o acompanhamento médico especializado é fundamental para definir as melhores estratégias de tratamento”, explica.
A “doença da mulher moderna”
A endometriose é frequentemente chamada de “doença da mulher moderna”, pois está associada ao adiamento da maternidade, ao menor número de gestações e ao aumento do número de ciclos menstruais ao longo da vida. A doença ocorre quando o tecido do endométrio, que reveste o útero, se desloca para outros órgãos, como ovários, intestino e bexiga, causando inflamação e dores intensas.
Os sintomas mais comuns incluem cólica menstrual intensa, dor pélvica crônica, fluxo menstrual abundante e dor durante a relação sexual. Diante de qualquer sinal, a recomendação é procurar um ginecologista para exames detalhados.
Sobre o Cenafert
Com sede em Salvador, o Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva atua há 22 anos no tratamento de infertilidade, utilizando tecnologias avançadas para reprodução assistida. A clínica já ajudou na realização do sonho de milhares de famílias, com mais de 3.500 bebês nascidos.
Para mais informações, acesse: cenafert.com.br.