Endometriose desafia a fertilidade, mas medicina abre caminhos para a maternidade

O Março Amarelo reforça a importância da conscientização sobre a endometriose, uma doença inflamatória crônica que atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva. Além de provocar dores intensas, a condição pode afetar a fertilidade, tornando a gestação um desafio para muitas pacientes. No entanto, avanços na medicina reprodutiva têm possibilitado que mulheres diagnosticadas com a doença realizem o sonho da maternidade.

Histórias de superação e tratamentos inovadores

A advogada Carolina Paes Lopes (34) viveu anos de cólicas incapacitantes antes de receber o diagnóstico de endometriose profunda. “Passei por diversos médicos e nunca suspeitaram da doença”, conta. O diagnóstico veio apenas em 2021, após a suspensão do anticoncepcional e a realização de exames mais detalhados.

Com a doença em estágio avançado, Carolina precisou passar por cirurgia. Após um ano tentando engravidar naturalmente, ela recorreu à fertilização in vitro (FIV), com tratamento realizado pela médica Wendy Delmondes, coordenadora do Centro de Reprodução Humana do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS). O procedimento foi um sucesso, e hoje Carolina celebra a chegada de suas filhas gêmeas.

🗣️ “A endometriose é um desafio, mas não um impeditivo. Com informação, tratamento adequado e apoio, é possível realizar o sonho da maternidade”, afirma.

Opções para quem deseja engravidar

Segundo Wendy Delmondes, a endometriose não significa infertilidade absoluta. “O diagnóstico deve ser acompanhado de uma avaliação completa, incluindo exames no parceiro. Em muitos casos, a FIV é o caminho mais seguro para a gravidez, pois contorna os impactos inflamatórios da doença no aparelho reprodutivo”, explica.

Para quem ainda não deseja engravidar, mas foi diagnosticada com a doença, o congelamento de óvulos pode ser uma alternativa para preservar a fertilidade.

Conscientização e diagnóstico precoce

A endometriose ainda é subdiagnosticada, e muitas mulheres passam anos sem tratamento adequado. Segundo a Febrasgo, o tempo médio para o diagnóstico pode ultrapassar sete anos.

📢 O Março Amarelo é um movimento fundamental para levar informação, incentivo ao diagnóstico precoce e acesso a tratamentos. Buscar um especialista ao perceber sintomas como cólicas intensas, dor pélvica crônica e dificuldade para engravidar é essencial para um acompanhamento adequado.

Diagnóstico precoce e tratamento certo fazem toda a diferença!