Fevereiro Roxo reforça alerta sobre Alzheimer, doença que atinge milhões de brasileiros

O Fevereiro Roxo, mês de conscientização sobre doenças crônicas como Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia, reforçou a importância do diagnóstico precoce e de hábitos saudáveis para retardar o avanço da Doença de Alzheimer. Atualmente, cerca de 1,2 milhão de brasileiros convivem com a enfermidade, número que pode dobrar até 2050, segundo o Ministério da Saúde.

A doença neurodegenerativa afeta, principalmente, idosos acima de 65 anos, mas também pode atingir pessoas mais jovens. “Pacientes acima de 80 anos têm um risco ainda maior, com até 40% dessa faixa etária diagnosticada com Alzheimer”, explica o Dr. Ricardo Alvim, Coordenador do serviço de Neurologia do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS).

Prevenção e tratamento

Embora o envelhecimento seja o principal fator de risco, algumas atitudes ajudam a proteger o cérebro:

Controlar a pressão arterial e a glicemia
Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool
Praticar atividade física regularmente
Ter boas noites de sono
Estimular a cognição com leitura e aprendizado constante

Nos últimos anos, pesquisas avançaram no desenvolvimento de novas terapias que reduzem o depósito da proteína beta-amiloide, associada à doença. “Embora esses medicamentos ainda não tenham aprovação da Anvisa, representam uma esperança futura no combate ao Alzheimer”, afirma o Dr. Alvim.

Enquanto isso, os tratamentos disponíveis ajudam a controlar sintomas como depressão, ansiedade e alucinações, mas ainda não interrompem a progressão da doença.

Importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Ele é feito com exames clínicos, testes neuropsicológicos e exames de imagem, como a ressonância magnética. O acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, composta por neurologistas, geriatras, psicólogos e terapeutas ocupacionais, também é fundamental.

“Ainda não temos a cura para o Alzheimer, mas o avanço da ciência e o suporte adequado podem minimizar os impactos da doença. O mais importante é o diagnóstico precoce e o estímulo ao cérebro ao longo da vida”, conclui o especialista.

Com o aumento da expectativa de vida, a conscientização sobre o Alzheimer torna-se essencial. O Fevereiro Roxo reforça que, mesmo sem cura, é possível viver melhor com a doença.