Julinha mergulha em memórias afetivas em “APRUMAR”

A magia que envolve memórias afetivas e inebriantes é o pano de fundo ideal para Julinha contar suas histórias em “APRUMAR”, novo EP que está disponível em todas as plataformas. O projeto é a primeira parte de um álbum dividido em dois lançamentos e ganha vida ao longo de 3 faixas autorais e uma releitura de uma memorável canção do repertório popular nordestino.

“APRUMAR” nasce da relação íntima que Julinha cultiva com Riachão do Jacuípe, município localizado no estado da Bahia e seu lugar de origem. Ainda que radicada em Salvador, seus sonhos se constroem sempre a partir dos vislumbres de uma juventude que via o belo entre mandacarus, carcarás, velames e lajedos. A artista apresenta um trabalho maduro que reflete suas vivências, onde abundância e aridez se confundem em uma poesia autêntica.

“Costumo dizer que infância é marca de nascença. Não foi uma escolha entrar nessa atmosfera regional, a faixas foram se revelando irmãs nesse contexto a medida que nasciam, o imaginário estava posto”

O disco passeia por entre elementos de forró, aboio, brega e ritmos latinos enquanto reflete uma musicalidade potente que conversa diretamente com sua identidade visual construída a partir de uma imersão em Riachão do Jacuípe. Para ajudar a construir tais cenários, Julinha conta com a colaboração de Cuper e Jalmy na produção musical, com Camila Schindler na parte gráfica, figurino de Larissa Couto, assistência de Raissa Macedo e com a produção executiva de Geovana Araujo Marques.

“Aprumar é fruto da escuta da minha vida. Essa diversidade que mistura facetas da música popular, tem fundamentos que vão da oralidade a industria do rádio. Das ladainhas que embalam o canto intuitivo das devotas de Santo Antônio ao romântico quente do brega vendido na FM”