
Junho Preto alerta para o melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele
O mês de junho é tempo de festa, mas também de alerta para um problema sério de saúde pública: o câncer de pele. A campanha Junho Preto reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do melanoma, tipo mais agressivo e letal desse tipo de câncer, que apresenta alta capacidade de metástase — ou seja, de se espalhar para outros órgãos.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar mais de 220 mil novos casos de câncer de pele por ano até 2025. Na Bahia, são estimados 10.520 casos do tipo não melanoma e 250 de melanoma por ano. Apesar de menos comum, o melanoma preocupa justamente por sua agressividade.
“Esse tipo de câncer evolui rapidamente e, se não for detectado cedo, pode comprometer outros órgãos”, alerta o oncologista Marco Lessa, da Oncoclínicas. Ele lembra que, quando diagnosticado precocemente, o melanoma pode ter até 95% de chance de cura com cirurgia.
O grupo de maior risco inclui pessoas de pele clara, com sardas, olhos e cabelos claros, histórico de queimaduras solares e exposição excessiva ao sol. Mas pessoas negras também devem ficar atentas, pois podem desenvolver o melanoma acral, subtipo raro que surge nas palmas das mãos, plantas dos pés e unhas — e que costuma ser confundido com micoses ou manchas inofensivas, o que atrasa o diagnóstico.
O autoexame mensal da pele e a consulta anual com dermatologista são atitudes essenciais. “É preciso observar pintas que mudam de forma, cor ou tamanho, ou feridas que não cicatrizam”, orienta o oncologista André Bacellar, também da Oncoclínicas.
Além disso, o uso diário de filtro solar com FPS mínimo de 30, mesmo em dias nublados ou frios, é fundamental para prevenir a doença. Os tratamentos têm avançado, com imunoterapias mais eficazes e menos agressivas, mas a prevenção continua sendo a melhor estratégia.