LUI lança projeto musical “ARREPIO” e realiza show gratuito no Pelourinho
O cantor baiano LUI, natural de Alagoinhas e com mais de duas décadas de vivências artísticas em Salvador, apresentou no dia 20 de dezembro, às 19h, na Praça Quincas Berro D’Água, no Pelourinho, o show PARAÍSO. O evento marcou o lançamento de ARREPIO, seu novo projeto musical de samba ancestral, acompanhado de um videoclipe expandido com cinco canções inéditas.
ARREPIO explora referências ao samba de terreiro, caboclo e arrastado, conectando fé, força e ancestralidade. O videoclipe, disponível no canal oficial de LUI no YouTube, narra a trajetória de uma pessoa em diferentes fases da vida, entrelaçadas por um baú de encantarias ancestrais. “O projeto reflete um tempo espiralar, unindo passado, presente e futuro em uma poética sonora que dialoga com minha subjetividade religiosa e o pertencimento ao samba”, afirmou LUI.
O videoclipe traz as faixas “Silêncio é Ebó”, “Poucas Palavras” (com Vânia Abreu), “Peito Aberto”, “Efó” (com Roberto Mendes) e “Cala Boca, Xiu” (com As Ganhadeiras de Itapuã). As gravações ocorreram em locais históricos e culturais da Bahia, como o Parque São Bartolomeu, o Ilê Asè Idà Omí, em Dias D’Ávila, e Quingoma, em Lauro de Freitas.
O projeto, realizado com recursos do edital SalCine e apoio da Lei Paulo Gustavo, incluiu ações de mediação cultural com exibições do videoclipe em instituições sociais, escolas e grupos artísticos, fortalecendo a conexão entre arte, música e comunidade.
Fruição e futuro
ARREPIO é o ponto de partida para o próximo álbum de LUI, intitulado PRESENTE, previsto para 2025. “O samba é o meu lugar de pertencimento. É ele que me move a partilhar questões que atravessam a mim e aqueles que me acompanham”, declarou o artista, conhecido por integrar temáticas afrodiaspóricas e políticas em suas composições.
LUI, também produtor cultural e artista da cena teatral baiana, tem investido na carreira musical desde 2020, explorando diversos ritmos e estilos, como axé, pagode e forró. Com músicas como “Sambixa”, “Positivo” e “Comigo Ninguém Pode”, o artista reafirma sua trajetória como uma das vozes contemporâneas mais marcantes da cena cultural da Bahia.