
Março Amarelo alerta para a importância do diagnóstico precoce da endometriose
A endometriose, doença ginecológica crônica que afeta cerca de 8 milhões de brasileiras, pode levar até 11 anos para ser diagnosticada, comprometendo a qualidade de vida e a fertilidade de muitas mulheres. Durante o Março Amarelo, mês de conscientização sobre a doença, especialistas reforçam a necessidade de ampliar o acesso a exames especializados para a detecção precoce.
A condição ocorre quando um tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, atingindo órgãos como ovários, bexiga e intestino, causando sintomas como dor pélvica crônica, cólicas menstruais intensas, dor durante a relação sexual e infertilidade. Estudos indicam que até 50% das mulheres com endometriose enfrentam dificuldades para engravidar.
📊 Números preocupantes:
➡️ 26,4 mil atendimentos relacionados à endometriose foram registrados no SUS em 2021
➡️ Cerca de 8 mil mulheres foram internadas devido à gravidade da doença
➡️ Muitas mulheres ainda sofrem sem diagnóstico adequado
🩺 Exames de imagem ajudam a acelerar o diagnóstico
A ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal tem sido uma das principais ferramentas para diagnosticar a endometriose de forma mais precisa. Já a ressonância magnética com protocolo dedicado é essencial para avaliar a gravidade da doença e planejar o tratamento.
“Exames de imagem bem conduzidos fazem toda a diferença na identificação da doença e no planejamento terapêutico”, afirma Luciana Matteoni, médica radiologista e especialista em diagnóstico por imagem.
A especialista apresentou três estudos no Congresso Internacional de Imagem da Endometriose (EICE), realizado nos dias 8 e 9 de março de 2025, em Miami (EUA). Suas pesquisas reforçam a necessidade de aprimorar os métodos de diagnóstico para garantir tratamento adequado e qualidade de vida para as pacientes.
✅ Tratamento e qualidade de vida
Embora a endometriose não tenha cura, o tratamento pode controlar os sintomas e melhorar significativamente a vida das pacientes. As opções incluem:
🔸 Medicamentos hormonais, como anticoncepcionais
🔸 Cirurgia para remoção das lesões em casos graves
🔸 Fisioterapia pélvica e acompanhamento nutricional
🚨 Dor intensa não é normal! Se você sente cólicas menstruais incapacitantes, dor durante a relação sexual ou desconforto ao evacuar ou urinar, procure um especialista. O diagnóstico precoce faz toda a diferença!