Moisés Victório lança EP “Borí”, um mergulho musical na ancestralidade africana

O artista interdisciplinar Moisés Victório acaba de lançar seu novo EP, “Borí”, um projeto autoral com cinco faixas inéditas que exploram a conexão entre música, fé e ancestralidade africana. O trabalho representa uma busca profunda pela (re)construção da identidade afro-diaspórica do artista, traduzindo em sons a espiritualidade e a cultura nagô-iorubá.

Com influências que vêm desde sua infância nos terreiros de candomblé de Salvador, Moisés construiu um EP que se torna mais do que um conjunto de canções – é um portal de memória e autoconhecimento. “Borí é ritual, transcendência, orixá, essência”, explica o músico. “A partir da visão nagô-iorubá, podemos entender Borí como um processo de conexão interna e de expansão para o mundo.”

Espiritualidade, tecnologia e inovação musical

O EP reflete a pesquisa de Moisés sobre as relações entre arte, novas tecnologias e cultura eletrônica, estabelecendo um diálogo entre o ancestral e o contemporâneo. Parte do trabalho foi concebida durante sua Residência Artística no Instituto Sacatar, onde colaborou com pesquisadores afro-americanos da Universidade de Stanford (EUA). Dessa experiência surgiu a participação da artista Amara Tabor-Smith na faixa “Obìnrin”.

A produção musical do EP contou com o maestro Cassius Cardozo, e a mixagem e masterização foram realizadas pelo engenheiro de áudio Carlos Eduardo Andrade (Cají).

Videoclipe e disponibilidade do álbum

A primeira faixa do EP, “ÈṢÙ”, já está disponível nas plataformas digitais e ganhou um videoclipe no YouTube. A canção homenageia Exú, orixá da comunicação e dos caminhos. “Na tradição iorubá e afro-brasileira, antes de qualquer celebração, é essencial saudar Exú. Por isso, essa faixa abre o disco”, destaca Moisés.

O EP “Borí” está disponível para audição em todas as plataformas digitais:
🔗 Ouça agora

🎬 Assista ao videoclipe de ÈṢÙ:
🔗 YouTube – ÈṢÙ

Apoio e produção

O EP foi realizado pela Bogum Ambiente Criativo, em parceria com a Multi Planejamento Cultural, com apoio financeiro da Secretaria de Cultura da Bahia via Lei Paulo Gustavo.