Museu Carlos e Margarida Costa Pinto celebra 55 anos em Salvador
O Museu Carlos e Margarida Costa Pinto (MCMCP), localizado no Corredor da Vitória, em Salvador, celebra, no dia 5 de novembro, seus 55 anos de história. Fundado com o objetivo de preservar o estilo de vida da sociedade baiana dos séculos XVIII ao XX, o museu reúne um acervo diverso que retrata o cotidiano e a cultura material da Bahia, incluindo coleções de joias, prataria, porcelana, mobiliário e outras obras de arte decorativa. O espaço foi criado a partir do acervo de Carlos Costa Pinto e da doação feita por sua viúva, Margarida de Carvalho Costa Pinto, para manter viva a memória cultural da Bahia.
A museóloga e diretora do MCMCP, Bárbara Santos, destaca a singularidade do museu, que aborda aspectos da vida privada da aristocracia baiana e traz para o público um olhar sobre as tradições baianas, muitas vezes ausentes em outros museus. Entre os destaques do acervo estão as Joias Crioulas, símbolo de distinção e resistência cultural das mulheres negras que conquistaram um lugar na sociedade baiana senhorial e escravocrata. “É um espaço único para a valorização e preservação das tradições baianas, especialmente ligadas à cultura material”, comenta a diretora.
O MCMCP também enfrenta desafios contínuos na manutenção de seu acervo e na modernização de suas instalações, sendo mantido principalmente por meio do Fundo de Cultura do Governo da Bahia e parcerias. Ainda assim, o museu vem se consolidando como um espaço inclusivo, com atividades de mediação cultural, programas educativos e parcerias internacionais. Entre os planos futuros estão o investimento na digitalização do acervo e a ampliação das ações de acessibilidade e inclusão social.
Para Bárbara Santos, o diferencial do MCMCP é proporcionar uma imersão em um período específico da história da Bahia, com um enfoque profundo em aspectos da vida privada e cotidiana, oferecendo uma experiência única para os visitantes.