
Novembro Azul: homens são chamados a cuidar da saúde e refletir
O Novembro Azul chega mais uma vez com um alerta: homens de todas as idades devem priorizar sua saúde. A campanha vai além da conscientização sobre o câncer de próstata, destacando também tumores de testículo e pênis e incentivando um diálogo mais amplo sobre o universo masculino. Homens a partir dos 50 anos – ou 45 para aqueles com histórico familiar de câncer de próstata – são orientados a agendar consultas com urologistas e realizar exames como o PSA e o toque retal, fundamentais para o diagnóstico precoce.
Para o urologista Nilo Jorge Leão, coordenador de urologia do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), o Novembro Azul é também uma oportunidade de abordar questões como o machismo e a alta taxa de mortes entre homens por acidentes, abuso de álcool e drogas, violência e doenças cardiovasculares. “Precisamos criar um ambiente onde os homens se sintam confortáveis para falar sobre esses e outros problemas, como disfunções sexuais, e possam vencer o medo e o preconceito”, afirma o especialista.
O câncer de próstata, segunda causa de morte por tumores entre homens no Brasil, representa 29,2% dos diagnósticos de câncer masculino, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Para identificar a doença, exames como o PSA e o toque retal ajudam a detectar alterações precocemente, muitas vezes antes do surgimento dos sintomas. Em caso de suspeita, a biópsia prostática confirma o diagnóstico, e exames avançados, como o PET-CT PSMA e a ressonância magnética, fornecem uma visão detalhada do estágio da doença, conforme destaca o urologista Nilo Jorge Leão.
A médica nuclear Carolina Cruz Assad explica que os avanços tecnológicos, como o PET-CT PSMA, são essenciais no combate ao câncer de próstata, permitindo um estadiamento preciso e ajudando a detectar recidivas. “Esse exame avalia todo o corpo com alta sensibilidade e sem efeitos colaterais significativos, oferecendo mais segurança no diagnóstico e planejamento do tratamento”, esclarece Assad.
Os tratamentos para câncer de próstata variam desde vigilância ativa para casos de baixo risco até opções como cirurgia robótica e radioterapia para casos mais avançados. Tumores de testículo e pênis, embora menos frequentes, têm melhor prognóstico quando tratados nos estágios iniciais e podem exigir cirurgias e, em alguns casos, quimioterapia complementar. Durante o Novembro Azul, a campanha “Seja mais forte que a sua melhor desculpa” do HMDS reforça a importância de superar a resistência e buscar acompanhamento regular.