Orquestra Agbelas celebrou Iemanjá com 100 vozes e xequerês em Salvador

No último dia 2 de fevereiro, a Orquestra Agbelas emocionou o público de Salvador com a segunda edição de sua Oferenda Musical para Iemanjá. A performance, que uniu dança, canto e percussão de matriz afro-brasileira, reuniu cerca de 100 participantes, a maioria mulheres tocando xequerês (agbês). Entre as integrantes, estavam representantes de diversas regiões do Brasil, além de países como Uruguai, Chile e Canadá.

Uma das grandes novidades deste ano foi a parceria com a Escola Aguidavi do Jêje, do Terreiro do Bogum, no Engenho Velho da Federação. As crianças da escola tiveram um momento especial de apresentação solo antes de se unirem à Orquestra. O projeto, financiado pela Lei Paulo Gustavo, incluiu aulas de percussão, confecção de xequerês e criação de figurinos. O repertório da apresentação trouxe ritmos de matriz africana, como Opanijé, Ijexá e Ilú, além de referências da cultura popular, como ciranda, maracatu e samba.

A performance fez parte da 18ª edição do Festival Somente Flores para Iemanjá, promovido pelo Centro de Tradições Vivas Canzuá. O cortejo saiu do Largo de Santana, no Rio Vermelho, e seguiu até a Praia da Paciência, onde foi concluída a celebração à Rainha do Mar.

Sobre a Orquestra Agbelas

Fundada em 2019, em Brasília, pela musicista Gio Paglia, a Orquestra Agbelas se dedica à difusão do xequerê sob uma perspectiva negra, matriarcal e decolonial. A iniciativa já percorreu cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, além do Chile, promovendo educação e arte afrodiaspórica para comunidades em situação de vulnerabilidade social.