Salvador se torna palco mundial da capoeira de 22 a 25 de janeiro no VI Rede Capoeira

Salvador receberá mais de 2 mil capoeiristas de diversos países entre os dias 22 e 25 de janeiro, durante o VI Rede Capoeira, no Doca 1 – Polo de Economia Criativa, no Comércio. Com programação totalmente gratuita, o evento inclui palestras, oficinas, rodas de capoeira, samba, contação de histórias com griôs, painéis e shows.

Nesta edição, o Rede Capoeira reafirma seu papel na preservação da cultura popular e homenageia mestres octogenários da capoeira, entregando o Troféu Sankofa a 10 grandes nomes de linguagens culturais de matriz africana. Entre os capoeiristas veteranos que serão celebrados estão Mestre Nô, Mestre Virgílio da Fazenda Grande, Mestre Baiano, Mestre Fernando e Mestre Boa Gente.

Oficinas e reconhecimento cultural
As oficinas, que incluem técnicas de capoeira e manifestações culturais como Maculelê e Frevo, têm vagas esgotadas desde o lançamento nas redes sociais do evento (@redecapoeira). Destaque para as aulas de renomados mestres como Mestre Nenel, Mestre Maurão, Mestre Paulinho Sabiá, Mestre Negoativo, Mestre Jogo de Dentro, Mestra Nani de João Pequeno e Mestra Preguiça.

Idealizador do evento, Mestre Sabiá anunciou a possibilidade de abrir novas vagas e horários para atender à alta demanda. “É uma alegria ver o interesse não apenas pelas oficinas de capoeira, mas também por outras manifestações culturais como o Samba, Frevo e Maculelê, que dialogam diretamente com a capoeira e enriquecem nosso patrimônio cultural”, comentou.

Uma das atrações de destaque é a pernambucana Zenaide Bezerra, Patrimônio Vivo do Recife e a passista de frevo em atividade mais idosa do Brasil. Ela ministrará a oficina “Vivência Frevo” e será homenageada com o Troféu Sankofa como heroína popular. Outros homenageados incluem o sambista Mestre Walmir Lima, o músico Mateus Aleluia, a sambadeira Dona Santinha e o cordelista Mestre Bule-Bule.

Cultura como legado
O VI Rede Capoeira é realizado pelo Projeto Mandinga (@projetomandinga) com patrocínio do Instituto Cultural Vale (@institutoculturalvale), via Lei Federal de Incentivo à Cultura. O evento celebra a força da capoeira como símbolo de resistência e promove o reconhecimento de suas conexões com outras expressões culturais de matriz africana.