Score baixo: na Bahia, 84,4% das empresas podem ter dificuldades para conseguir acesso a crédito
Não é novidade que um score alto facilita a aprovação de empréstimos e financiamentos, além do acesso a outras modalidades de crédito, seja para pessoas físicas ou jurídicas. Contudo, no que diz respeito às marcas, nem sempre gestores sabem o que fazer para manter uma boa pontuação no indicador. Na Bahia, 84,4% das empresas têm score entre 0 e 600, de acordo com dados da Serasa Experian, divulgados pelo newsletter Economia em Pauta.
A estatística, segundo os administradores de empresas, consultores de gestão empresarial e sócios fundadores da ARCOS Consultoria, Danhil Medeiros e Alexandre Bouzas, evidencia que as companhias baianas podem ter dificuldades para conseguir créditos com as instituições financeiras. E a recusa dos bancos, por sua vez, pode prejudicar os negócios.
“O score PJ é uma ferramenta de análise de crédito voltada para pessoas jurídicas que avalia o risco de uma marca se tornar inadimplente em um horizonte de até seis meses. Caso a pontuação esteja abaixo de 600, como é o caso da maioria das empresas baianas, o risco de inadimplência é considerado alto, o que resulta na negativa para as solicitações de créditos financeiros”, explicam os administradores.
Neste caso, de 1,06 milhão de empresas ativas na Bahia, cerca de 893 mil não estão com uma reputação financeira tão boa no mercado para conseguir acesso aos melhores produtos financeiros. Ou seja, precisam melhorar o score. No entanto, como fazer isso?
Conforme Danhil, uma das práticas que aumenta a pontuação do indicador de possibilidade de inadimplência é o pagamento das contas em dia. “É importante que a empresa pague as parcelas de seus empréstimos, financiamentos e faturas dos cartões de crédito no prazo certo. Isso a mantém em uma boa relação com mercado”, ressalta Danhil.
Negociar as dívidas é mais uma iniciativa que ajuda a melhorar o score, afirma Alexandre. Segundo ele, para melhorar a pontuação de crédito, é essencial eliminar as dívidas vinculadas ao CNPJ. “Isso porque, geralmente, em casos de inadimplência, o score tende a subir quando débitos são negociados e as primeiras parcelas começam a ser pagas”, diz Alexandre.
Um bom relacionamento no mercado também pesa na balança quando o objetivo da empresa é aumentar o score. Para isso, a Danhil sugere que as marcas sempre mantenham os dados atualizados para o Cadastro Positivo e evitem pedidos de crédito consecutivos.
“Esse comportamento mostra que a marca é responsável e transparente em relação às suas finanças, já que o Cadastro Positivo é um banco de dados utilizado para mostrar as informações dos comportamentos de crédito de pessoas físicas e jurídicas”, destaca Danhil.
Caso a empresa insista e solicite crédito de maneira consecutiva, Alexandre explica que o mercado pode entender que a marca passa por dificuldades financeiras, ou seja, pode ficar inadimplente em um curto prazo de tempo. “Isso vai reduzir, mesmo que levemente, a pontuação do score. Além disso, caso a empresa faça dívidas com os bancos e as prolongue, o mercado pode entender como uma sinalização negativa”, esclarece o administrador.
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