
Vacina contra herpes-zóster pode reduzir risco de demência, aponta estudo
A vacina contra o herpes-zóster, além de prevenir a doença causada pelo vírus da catapora, pode estar associada à redução no risco de demência, segundo um estudo publicado na Nature Medicine. A pesquisa, conduzida pela Universidade de Oxford, acompanhou 200 mil pessoas por seis anos e revelou que indivíduos imunizados com a vacina Shingrix tiveram, em média, 164 dias a mais sem sintomas identificáveis de demência. Os benefícios foram ainda mais expressivos entre as mulheres.
Herpes-zóster: o que é e como prevenir
Popularmente conhecido como “cobreiro”, o herpes-zóster ocorre pela reativação do vírus varicela-zóster, que permanece latente no organismo após a catapora. Fatores como envelhecimento e baixa imunidade aumentam o risco da doença, cujos sintomas incluem dor intensa, coceira, formigamento e bolhas na pele.
A vacina é indicada para adultos acima dos 50 anos e pacientes imunossuprimidos, como aqueles com HIV, câncer e diabetes. No Brasil, está disponível apenas na rede privada e tem eficácia de 97%.
Casos em alta no Brasil
Dados do Ministério da Saúde apontam um aumento de 10,6% nas internações por herpes-zóster em 2023, totalizando 2.600 casos. O crescimento está relacionado ao envelhecimento da população, que aumentou 57,4% nos últimos 12 anos, segundo o IBGE.
“A vacinação é fundamental para um envelhecimento saudável, reduzindo complicações e impactos na qualidade de vida dos brasileiros”, destaca a infectologista Sylvia Freire, do Sabin Diagnóstico e Saúde.