Vacina contra herpes-zóster pode reduzir risco de demência, aponta estudo

Uma pesquisa da Universidade de Oxford, publicada na revista Nature Medicine, sugere que a vacinação contra o herpes-zóster pode ter benefícios além da prevenção da doença, incluindo a redução do risco de demência. O estudo acompanhou 200 mil pessoas ao longo de seis anos e revelou que aqueles imunizados com a vacina Shingrix tiveram, em média, 164 dias a mais sem sintomas da demência. Os efeitos foram mais expressivos em mulheres.

A infectologista Sylvia Freire, do Sabin Diagnóstico e Saúde, destaca que a vacina pode contribuir para um envelhecimento mais saudável. “Estratégias que promovam qualidade de vida são essenciais diante do envelhecimento da população”, afirma.

Herpes-zóster: sintomas e prevenção

O herpes-zóster, conhecido como “cobreiro”, é causado pela reativação do vírus da catapora, podendo ocorrer em pessoas acima dos 50 anos ou com imunidade baixa. Os principais sintomas incluem dor intensa, coceira e bolhas na pele.

A vacina é administrada em duas doses, com intervalo de dois meses, e é recomendada especialmente para idosos, pessoas com HIV, câncer, diabetes ou em tratamento imunossupressor. No Brasil, está disponível apenas na rede privada.

Dados do Ministério da Saúde indicam que as internações por herpes-zóster aumentaram 10,6% em 2023, reflexo do envelhecimento populacional. “A vacinação é essencial para reduzir o impacto da doença e garantir um envelhecimento saudável”, reforça Sylvia Freire.